Bicho de Rua

Noopy, meu amicão (15/10/1993 - 28/11/2007)

Noopy foi para mim um herói, que lutou bravamente contra um tumor cruel e implacável. Um exemplo de amor à vida, de força, grandeza, amizade e fidelidade.

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Noopy foi para mim um herói, que lutou bravamente contra um tumor cruel e implacável. Um exemplo de amor à vida, de força, grandeza, amizade e fidelidade.
Noopy foi um presente que o ex-noivo de minha irmã Silvia deu a ela (e a toda a família) em Dezembro de 1993. Como era mês de Natal, ele veio, claro, com uma touquinha de Papai Noel. Conforme diise minha irmã hoje pela manhã, abraçada ao seu corpo sem vida, o melhor presente que ela já ganhou. Nada mais justo.

Ele chegou um ano e meio depois que nosso outro amicão pastor alemão, o Noopão, havia nos deixado para brincar no jardim dos anjinhos. Chegou também num momento de dor para a família, que acabara de descobrir que um tio muito querido tinha câncer. Veio, claro, para alegrar nossas vidas, como uma benção.

Ao longo de 14 anos, foi um dos nossos queridos companheiros de quatro patas. Viveu, como membro da família que era, muitos bons e maus momentos conosco, viu outros amicães irem embora, e nos deu aquele amor incondicional que os cães sabem dar. Foram muitas correrias pela casa, muito sorvete, biscoitos e nega maluca (que ele adorava!), muitos afagos, muito amor. Ele era tudo de bom.

No final de Agosto deste ano, surgiu um sangramento na boca do querido Noopy. A princípio, parecia um ferimento sem maior importância, resultado de uma das muitas brincadeiras entre ele e nossa Bebê, adotada no ano passado com pouco mais de dois meses à época. Mas infelizmente não era. Tratava-se de um tumor horrível, na mandíbula, mas que já estava se espalhando, e que acabou por chegar em uma das patas. Os ferimentos foram aumentando, dia após dia, sem chance para o nosso fofucho. Mas ele seguia firme no seu propósito de permanecer entre nós, numa incrível e comovente vontade de viver. Mesmo quando já não conseguia mais andar, quando já quase não tinha forças para levantar a cabeça, ele aceitava nossa ajuda para se alimentar e beber água, porque, tenho certeza, ele fazia questão de estar conosco.

Hoje pela manhã, já absolutamente sem escolha, depois de ele ter se arrastado pelo pátio de nossa casa para tentar chegar ao jardim, depois de ver uma das patas dianteiras completamente necrosada pela metástase, depois de ouvi-lo chorar de dor ao tentarmos movê-lo para limpá-lo, tivemos que levá-lo para amenizar o sofrimento de seu corpo debilitado. Ficamois, minha irmã e eu, junto dele o tempo todo, até que nosso amicão nos deixou calmamente.

Não sei como vai ser nossa casa sem o Noopy. A saudade que vou ter dele, assim como a que tenho dos nossos outros amicães que já partiram, não vai passar nunca, sei bem. A saudade fica mais amena, dói um pouco menos, mas não vai embora. Só quem recebe o amor de um animal pode compreender o que é isso.

Agradeço muito pela oportunidade de comparilhar um pouquinho da história do Noopy com outros amigos dos animais. Isso ajuda a aliviar a imensa dor que sinto agora. Além disso, escrever sobre o Noopy representa homenagear outros queridos amigos cães que já se foram, como Baixinho, Duque, Noopão, Gorda Tatu, Bia, Átila, Mack, Lilica (Gorda II), Maria Eduarda (Duda), Pepita.

Tenho fé que nesse momento ele esteja em um lindo jardim, cheio de outros outros bichinhos, e que esteja se encontrando com a turminha acima nominada, nossos outros cãezinhos que já partiram.

Por Miriam T. Balbinot


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