Bicho de Rua

Florença, a gata-pomba

Uma história emocionante de um filhote agredido por crianças quase até a morte e salvo por dois veterinários que demonstraram um profundo respeito pela vida.

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Uma história emocionante de um filhote agredido por crianças quase até a morte e salvo por dois veterinários que demonstraram um profundo respeito pela vida.
A história de Florença, Flor ou simplesmente Flô inicia com um ato de violência inexplicável. Ela era um pequeno filhote de quatro meses que tinha sido abandonado numa escolinha de primeiro grau em Nova Petrópolis/RS. Mas as crianças, no lugar de acolherem aquele pequeno presente da mãe natureza...Bom, vamos ouvir a história da Protetora Cleide Frasson Zanini que ajudou no caso.

“Esse salvamento aconteceu pelas mãos da Dra Rochana e do Dr. Tobias, dois veterinários apaixonados por gatos e que têm uma clínica chamada Girafa’s na serra gaúcha e a Chatterie em Porto Alegre.

Tudo começou quando a servente de uma escolinha ligou para a clínica muito chocada. Ela tinha presenciado a cena de um grupo de alunos chutando quase até a morte um pequeno filhote de gato. Ela pedia que um veterinário fosse lá para eutanasiar o animalzinho, já que ele mal respirava e parecia estar em grande sofrimento.

O Dr. Tobias correu para o local. O bebê estava com as patas traseira quebradas e o corpo bastante ferido. As esperanças eram poucas, mas o casal de veterinários resolveu substituir a morte, por uma segunda chance. O tratamento foi longo e doloroso, mas Flor demonstrava uma coragem e um apego à vida surpreendentes. Quando pensaram que ela morreria, Flor sobreviveu. Quando pensaram que ela nunca andaria novamente, ela andou. Cada vitória desse bebê foi comemorada por todos que aprenderam a amá-la.

Florença foi trazida para Porto Alegre e ficou hospedada na Chatterie aguardando um lar. Sou fã dessa clínica, tão respeitosa e competente no tratamento dos felinos. Me aproximei para fazer um carinho enquanto ouvia a Dra. Rochana contar sobre o resgate. Pobre Flor, mal a gente chegava perto e ela se encolhia e tremia de medo. Só relaxou quando percebeu que não era um soco e sim um carinho que eu queria oferecer. Florença demorou para se acalmar e aceitar a aproximação dos seres humanos. O trauma foi grande demais. Sempre me pergunto quem são esses educadores e pais que permitiram isso. Que futuro está reservado para estas crianças? Fico assustada.

Um ataque de ciúmes

Apresentamos Florença para a adotante Claudia Sperb e foi amor a primeira vista. Ela tem um gatinho tri patas chamado Mimi e buscava uma companheira de brincadeiras para o seu amigo. Mas ela fazia questão que o “irmão” fosse deficiente também por dois motivos: ajudar um animal de adoção difícil e facilitar a adaptação do Mimi, trazendo um gato que não fosse muito acelerado.

Flô foi para seu novo lar num dia frio e chuvoso. Mimi ficou escandalizado com a chegada dela e resolveu fugir naquela mesma noite. Quando perceberam o desaparecimento, Cláudia e o marido saíram pelo pátio desesperados, chamando por ele depois de procurar por todos os cantinhos possíveis da casa. Encontraram Mimi em cima do muro. Um lugar que ele nunca tinha sequer tentado escalar. Mimi estava lá, desolado de ciúmes, pingando na chuva com suas três patinhas, provavelmente pensando "o que farei da vida agora que fui substituído por essa Florzinha?".

A Cláudia é uma adotante que deveria ser padrão! Ela é impagável! E muito criativa! Adoro ouví-la contar sobre essa fuga. Chego a ver o Mimi com sua trouxinha nas costas indo embora magoado. Na hora ela quase morreu de susto, é claro!

Atualmente, a dupla se adora. De uma gatinha medrosa e de passos cambaleantes, Flor se tornou um animal saudável e ativo que adora tomar sol com seu irmão e, é claro, fazer baguncinhas pela casa. Segundo a Claudia, Flô é uma rara mistura de gato com pomba. Ela não mia, pia. Quando nos aproximamos para fazer carinho ela emite um som de pombinha rola ou de gato mega meigo. Impossível resistir!”



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