Bicho de Rua

Mar, petróleo e biodiversidade

Greenpeace mapeia o litoral brasileiro para mostrar que a conservação marinha e o desenvolvimento da indústria de petróleo entraram, de uma vez por todas, em rota de colisão.

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Greenpeace mapeia o litoral brasileiro para mostrar que a conservação marinha e o desenvolvimento da indústria de petróleo entraram, de uma vez por todas, em rota de colisão.

A campanha de Oceanos do Greenpeace acaba de lançar o atlas "Mar, petróleo e biodiversidade - A geografia do conflito". o objetivo é mostrar, por meio da representação em mapas, o conflito cada vez mais intenso que ocorre em nosso litoral entre a preservação ambiental e o desenvolvimento econômico.

O Greenpeace espera que ele ajude a despertar a consciência sobre a necessidade urgente de criar mais unidades de conservação marinhas, fundamentais para o bem estar da população brasileira.

Nossa zona costeiro-marinha, que se alonga por mais de 8, 600 km de costa e se estende por aproximadamente 4,5 milhões de quilômetros quadrados, abriga ecossistemas diversos, habitados por inúmeras espécies da flora e da fauna,muitas das quais ameaçadas de extinção.

Apesar da sua importância ecológica, atividades econômicas impactam seriamente o nosso litoral sem que sejam adotadas medidas para sua proteção.

O interesse pela utilização de novas áreas no litoral deverá crescer com o início da exploração do pré-sal, tornando ainda mais complicado e difícil o atendimento da recomendação do Ministério do Meio Ambiente para a criação de unidades de conservação em nossa zona marinha

Sobre o atlas
Esta publicação reúne mapas gerados pelo Laboratório de Georreferenciamento (GEOLAb) do Greenpeace Brasil utilizando o sistema ArcGis. Por meio do processamento espacial das bases de dados, disponibilizada pelo Ministério do Meio Ambiente
e Ministério de Minas e Energia, esse atlas ilustra um panorama da conservação e da exploração do litoral brasileiro.

Veja o que dizem João Talocchi e Sergio Leitão do © Greenpeace

Este atlas tem como objetivo expressar para o público em geral, por meio da representação em mapas desenhados para funcionarem como um guia seguro de interpretação da realidade, o conflito cada vez mais intenso que ocorre em nosso litoral entre a preservação ambiental e o desenvolvimento econômico.

Cartografia e poder sempre andaram juntos. Foi por meio da representação territorial em mapas que os países europeus reclamaram a posse dos seus novos domínios no continente americano. Os mapas funcionavam como títulos de propriedade, uma espécie de escritura pública lavrada em cartório indicando o proprietário da casa.

É por isso que os Estados procuraram assegurar o domínio da técnica de representação dos espaços geográficos, o que levou a cartografia a se transformar em um ramo do conhecimento altamente especializado.

Mas, se o uso da cartografia podia parecer importante apenas para a disputa entre países, hoje não é mais possível deixar de pensar no seu emprego diante das disputas que se travam em cada lugar sobre o uso dos recursos naturais.

Com a redemocratização do país, no final dos anos 80, algumas organizações da sociedade civil começam a utilizar a cartografia como meio de auxiliar os movimentos sociais a reivindicarem do Estado a proteção de vastas extensões de terras, em especial na Amazônia, ameaçadas por madeireiros e garimpeiros.

O trabalho de organizações como Imazon, Instituto Sociambiental e Greenpeace ajudou a quebrar o monopólio estatal da cartografia, permitindo que a sociedade civil registrasse em mapas as disputas que aconteciam no mundo real, dando-lhes visibilidade diante de governos que teimavam em não enxergar o que acontecia.

Mas, se já foi possível andar muito no que diz respeito aos mapas para os ambientes terrestres e para as nossas florestas, ainda temos muito a fazer em relação à nossa zona costeiro-marinha, cuja extensão é de aproximadamente 4,5 milhões de quilômetros quadrados1 que se alongam por mais de 8.600 km. Isso é o que chamamos de litoral, incluindo manguezais, recifes de corais, dunas, restingas, praias, costões rochosos, lagoas e estuários que abrigam inúmeras espécies da flora e da fauna, muitas
das quais ameaçadas de extinção.

Apesar da sua importância ecológica, atividades econômicas impactam seriamente a zona costeira, sem que sejam adotadas medidas para sua proteção. Em 2007, o Ministério do Meio Ambiente divulgou estudo reconhecendo que cerca de 44% da extensão total da zona marinha brasileira é área prioritária para a conservação da biodiversidade. Infelizmente, apenas 2,57% dessas áreas prioritárias já foram transformadas em unidades de conservação federais. No entanto, a exploração e a produção de gás e óleo foi aquinhoada, até agora, com 8,77% de áreas que deveriam ser transformadas em áreas marinhas protegidas.

O interesse pela utilização de novas áreas no litoral deverá crescer com o início da exploração do pré-sal, tornando ainda mais complicado e difícil o atendimento da recomendação do Ministério do Meio Ambiente para a criação de unidades de conservação em nossa zona marinha.

O Greenpeace espera que a publicação ajude a despertar a consciência sobre a necessidade urgente de criar mais e melhores unidades de conservação marinhas, fundamentais para o bem-estar da população brasileira.

O que você pode fazer

- Se você for educador, leve este assunto para sala de aula e converse com seus alunos. O amor e o respeito aos animais e a natureza começa nas crianças.

- Comece a questionar a exploração do petróleo no Brasil com seus amigos, no seu blog e redes sociais. Quanto mais pessoas questionarem publicamente, mais chances do assunto ser debatido entre os que detém o poder.

- Nunca esqueça o que a exploração do petróleo fez ao Golfo de México e ao litoral da Flórida nos Estados Unidos em 2010. Milhares de espécies marinhas morreram no pior desastre ecológico da história.

- Faça este atlas circular MUITO. Baixe o arquivo no link abaixo!

 


Link Relacionado:

http://www.greenpeace.org/brasil/Global/brasil/report/2010/11/altas2.pdf

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