Bicho de Rua

Seda inspeciona depósito de cães de guarda em prédio comercial

Mais de 40 animais da empresa Delta Cães foram encontrados em condições de maus tratos.

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Mais de 40 animais da empresa Delta Cães foram encontrados em condições de maus tratos.

A Secretaria Especial dos Direitos Animais (SEDA) e a Procuradoria-Geral do Município (PGM) realizaram, nesta quinta-feira, dia 4 de abril, inspeção em um prédio abandonado na rua Voluntários da Pátria. De acordo com a PGM, que esteve no local no dia anterior para uma fiscalização de dívidas fiscais, durante a ação foram flagrados cerca de quatro cães amarrados em cordas que os impediam de deitar-se, sem água e ração e em péssimas condições de higiene. O odor de fezes e urina ainda pode ser sentido da rua.

Através de vidros quebrados, a uma altura de três metros do chão, a SEDA contabilizou dez animais e descobriu com vizinhos que eles pertenciam à Delta Cães. O prédio foi locado pela empresa e servia como depósito de cães de guarda. O chefe de Fiscalização Jerônimo Coelho e o Batalhão da Brigada Militar foram até a sede da Delta para que abrissem o local, o que só aconteceu três horas depois sob ameaça de prisão.

Ao retirar as correntes do prédio, a situação era muito pior. A SEDA contou 40 cães adultos e três filhotes espalhados em todos os andares. Além da falta de comida e de higiene, foram encontrados ratos mortos. “Se verificou de tudo um pouco: cães com comida e outros sem potes de água e ração. O que é pior, 90% dos animais estavam desnutridos e machucados, convivendo com ratos”, relata Márcia Gemerasca, coordenadora da Área de Medicina Veterinária (AMV).

A Brigada Militar redigiu dois Termos Circunstanciados à Delta Cães: um de maus tratos e desobediência, outro de alvará de funcionamento vencido.

Por determinação da secretária Regina Becker, os animais serão removidos do prédio e receberão atendimento veterinário da SEDA. Hoje foram retirados nove cães adultos com a saúde mais debilitada e três filhotes, que foram encaminhados à Associação Pró-Bicho Gaúcho com as despesas dos animais serão custeadas pela Delta Cão. Na sexta-feira (5), pela manhã, uma equipe de veterinários, manejadores e fiscalização retornará para fazer a remoção dos demais. Um guarda municipal foi deslocado para fazer a segurança do prédio. O receio da secretária é que a empresa retire os cães durante a madrugada.

“Uma cena de horror. É como manter em cárcere privado pessoas que não têm culpa alguma. Quem comete este tipo de crime deve ser responsabilizado, e é o que a SEDA e a PGM irão fazer. Não dá mais para admitir que, passada uma semana da aprovação, por unanimidade, do Projeto de Lei que proíbe o serviço de cães de guarda no Rio Grande do Sul, essas empresas continuem submetendo animais à escravidão e o que é mais grave, na imundice”, diz Regina Becker.

A secretária espera que o fato gere repercussão suficiente para que o projeto seja sancionado imediatamente pelo governador Tarso Genro: “O governador tem ainda uma semana para sancionar o projeto. Espero, de coração, que ele se sensibilize e liberte esses animais das condições insalubres. O Estado inteiro espera por isso”.

Fonte: Secretaria Especial dos Direitos Animais - POA (SEDA)
Fotos: Vanessa Silva/PMPA

 


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